A paixão pelo Botafogo levou Tony Maquiné, consultor de marketing de 42 anos, a enfrentar uma verdadeira saga para assistir à final da Libertadores neste sábado (30/11), no Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Mais do que apoiar seu time de coração, Tony embarcou em uma jornada de quatro dias para homenagear cinco familiares que perdeu durante o colapso da pandemia de Covid-19 em Manaus, em 2021.
Com a viagem, ele busca celebrar a memória dos entes queridos e a força que encontrou no Botafogo para superar o luto. “De janeiro de 2021 até o final de 2022, a nossa família viveu um luto. E aí, em 2023, com aquela campanha do Botafogo, a nossa família voltou a se reunir como antes, pra assistir aos jogos”, conta.
O legado do Botafogo na família Maquiné
O amor pelo clube atravessa gerações na família de Tony. Ele conta que foi seu avô, torcedor fervoroso, quem deu início à tradição que hoje une 90% dos parentes por parte de pai. “Eu acho que já nasci botafoguense. Cresci com essa paixão, sempre com a família reunida no final de semana para assistir aos jogos”, relembra.
O Botafogo, que em 2023 fez uma campanha emocionante no Campeonato Brasileiro, trouxe de volta momentos de alegria e união para uma família que enfrentava uma perda devastadora. "O Botafogo quebrou esse luto que parecia não ter fim. Ele reuniu a nossa família novamente, depois de tudo o que passamos”, destacou Tony.
Uma jornada de superação e improvisos
Para realizar o sonho de estar na final da Libertadores, Tony deixou Manaus na terça-feira (26/11), voou até o Rio de Janeiro e, de lá, seguiu de ônibus até Buenos Aires. Apesar da logística desafiadora, ele encarou tudo com determinação e esperança, mesmo sem ter garantido ingresso para o jogo ou passagem de volta para casa.
“Estou indo na aventura mesmo, vivendo essa loucura. Espero que consiga o ingresso e a passagem de volta. Mas, independente disso, estar aqui é um momento único. Eu não poderia deixar de representar a minha família e os que me apoiam”, afirma.
Solidariedade e rifa para custear a viagem
Sem recursos financeiros suficientes, Tony lançou mão da criatividade para viabilizar sua viagem. Ele organizou uma rifa de camisas, que foi divulgada em suas redes sociais e abraçada por amigos, familiares e outros torcedores botafoguenses.
“As vendas não estão do jeito que eu esperava, mas seguimos firmes. Minha família, amigos e colegas estão ajudando, e isso já é um incentivo enorme.”
Fonte: Léo dias